CEI celebrou 29 anos, com palestra do diretor-geral do The Yeatman Hotel
A A conferência “O meu exemplo de liderança e de projeto de vida” e o testemunho do sueco Jan-Erik Ringertz, diretor-geral do The Yeatman Hotel, contou com a presença muito atenta dos alunos do 9.º ano, do secundário e até familiares.
O segundo dia de comemoração de 29 anos do Centro de Educação Integral (CEI) começou com casa, leia-se auditório, cheia.
As conclusões tiradas foram muitas, mas apenas algumas foram ditas em voz alta por alguns alunos. A primeira conclusão foi “vale a pena lutar por aquilo que acreditamos e não desistir”, seguida de “o desafio é uma oportunidade” e “não ter pressa do futuro”.
O diretor Joaquim Valente pegou na expressão do orador: “quando fazem a vossa assinatura é o vosso melhor” para recordar aos seus alunos que já usou uma expressão semelhante: “quando colocam a vossa fotografia, dão a vossa cara, por algo é, deve ser, no vosso melhor”.
O ser humano precisa de “inspiração” e de “valorizar os passos que vai dando, bem alicerçados, na escada da vida”, salientou Joaquim Valente, acrescentando que é preciso “levar um dia de cada vez sempre com dedicação”.
Quando os agora alunos, futuros trabalhadores, se candidatarem a um emprego nunca devem esquecer que, hoje em dia, “não importa só o currículo, mas a pessoa que é”, frisou o diretor do CEI.
Jan-Erik Ringertz trabalha numa empresa em “tremenda expansão” e com “muitos projetos para os próximos anos”, prevendo, a médio e longo prazo, recrutar 350 empregados e investir 100 milhões de euros.
Neste momento, Joaquim Valente destacou outro fator importante no mercado de trabalho. O orador sempre que mencionava a empresa onde trabalha referia-se “nós vamos concretizar algo” e nunca “eu vou concretizar algo”. “Apesar de não ser o dono da empresa, veste a camisola e fala em nós”, constatou Joaquim valente, acreditando que “o sucesso está aqui e vai-se realizando”.
“A realização vai-se conquistando caso a caso”, complementou Jan-Erik Ringertz, recordando que quando começou a trabalhar começaram por dar-lhe um carro da empresa, representar a mesma em feiras internacionais e de ficar vislumbrado com tudo isso. “Hoje em dia, não estou nada preocupado com nada disso, mas em ser justo, correto e criar futuro”, assumiu o diretor-geral do The Yeatman Hotel.
“O maior orgulho que tenho hoje em dia foi nas pessoas que recrutei e vi crescer”, admitiu Jan-Erik Ringertz, recorrendo à pirâmide de Maslow para comprovar que atingir “os nossos níveis de satisfação é crucial” para o desenvolvimento de um trabalho excecional.
Apesar de o trabalhador ser contratado para servir a empresa, a empresa também deve proporcionar boas condições de trabalho. Porque no fim e ao cabo, “a relação com as pessoas é o que se valoriza na vida”, considerou Joaquim Valente.
E como é o quotidiano quando atingimos o topo da nossa carreira? No caso de Jan-Erik Ringertz, é “difícil”. “Quando temos uma agenda muito cheia temos de delegar muito”, explicou o diretor-geral do The Yeatman Hotel, acrescentando um outro revés. “O problema é a vida privada em que perdemos a beleza de coisas simples que se passam lá fora”, o que, por vezes, “faz com que a vida fique mais vazia”. Por isso, “não subestimar nada, nem as tarefas do dia a dia”, porque é bom ter tempo para a vida privada, concluiu Jan-Erik Ringertz.
Por último, os alunos não devem ter receio em traçar um plano de três, cinco a 10 anos. Caso contrário, “vamos andar à deriva”, alertou o diretor-geral do The Yeatman. Um outro aspeto a ter em atenção é que é importante parar para pensar. “Temos de parar e pensar se estamos a gostar da pessoa em que nos estamos a tornar”, frisou Jan-Erik Ringertz.
Quanto ao mundo e ao futuro, vivemos num “mundo globalizado. O mundo tornou-se mais pequeno”, onde o importante “não é o lugar, é as pessoas”, concluiu aos presentes.
in Jornal O Labor, 8-fev-18